Você tem dúvidas a respeito do seu perfil de risco no mercado? Confira as características do investidor conservador e veja 5 opções de investimento ideais!
No momento de selecionar um investimento para a sua carteira, é importante estar atento ao seu perfil de risco. Entre os diferentes tipos existentes, o investidor conservador se destaca pela sua preferência por segurança e previsibilidade nas suas aplicações.
Não levar em conta esse fator no momento de investir pode fazer o investidor correr um risco maior do que ele está preparado para assumir. Nesse contexto, as chances de se frustrar ou não atingir os resultados desejados aumentam consideravelmente.
Para evitar a situação, veja neste artigo o que é e quais são as características do investidor conservador, além de 5 opções de investimento que podem ser interessantes para esse perfil.
Acompanhe!
O que significa ser um investidor conservador?
O investidor conservador é caracterizado pela aversão ao risco e pela preferência por investimentos mais seguros e estáveis. Ou seja, trata-se de pessoas com pouca tolerância às oscilações de mercado, optando por aplicações que ofereçam previsibilidade e proteção contra perdas.
Vale dizer que, no mercado financeiro, a rentabilidade de um investimento está diretamente associada ao risco que ele carrega. Logo, o investidor conservador costuma priorizar a preservação do seu capital, aceitando rendimentos mais baixos em troca de maior segurança.
Dificilmente o investidor conservador aloca seu capital em ativos de renda variável – como ações ou contratos futuros. Afinal, ao longo do dia, essas alternativas costumam passar por maiores oscilações, com chance de trazer ganhos ou prejuízos.
Mas isso não significa que, dentro das alternativas disponíveis para o seu perfil, ele não possa escolher ativos com um risco maior. Esse tipo de investidor pode destinar a maior parte do seu capital a investimentos seguros e uma pequena fração a outros mais arriscados, por exemplo.
De toda forma, é mais comum encontrar aplicações de renda fixa na carteira do investidor conservador. A razão é que elas são conhecidas por sua previsibilidade e segurança, permitindo que ele monte um planejamento condizente com seus objetivos e necessidades.
Como saber se você se enquadra no perfil conservador?
Ao aprender o conceito de investidor conservador, costuma surgir a dúvida sobre como saber se você se enquadra nesse perfil. Apenas entender que a preservação de capital é um ponto relevante não é o bastante para a atribuição do perfil conservador a uma pessoa.
Afinal, todos os participantes buscam proteger o seu capital no mercado, mesmo aqueles que possuem maior apetite ao risco. Nesse contexto, a melhor maneira de conhecer o seu perfil é realizar o teste de suitability.
Também chamado de API (análise de perfil de investidor), o teste é realizado assim que você abre uma conta em um banco de investimentos. Inclusive, essa é uma determinação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para que a instituição possa operar no mercado.
Em geral, o teste é composto de perguntas sobre aspectos, como:
- idade;
- renda mensal;
- necessidades financeiras;
- objetivos e prazo de investimento;
- tolerância ao risco;
- e nível de experiência no mercado financeiro.
Com base nas respostas dadas, o investidor é categorizado em um dos três perfis principais: conservador, moderado ou arrojado. Como você viu, o conservador é aquele que prioriza a segurança do capital, mesmo que a decisão diminua o retorno que pode ser obtido.
Por sua vez, o investidor moderado busca um equilíbrio entre segurança e rentabilidade, visando ter um retorno maior, sem deixar de lado a proteção do capital. Já o perfil arrojado está disposto a assumir maiores riscos em busca de retornos superiores.
Realizar o teste de suitability é essencial para garantir que as decisões de investimento estejam alinhadas com as características individuais do investidor. Ele ajuda a promover uma experiência de investimento personalizada e responsável.
Qual é a importância de investir considerando o seu perfil?
A escolha de investimentos que respeitem o seu perfil individual faz toda a diferença para a realização de suas metas financeiras e para a preservação do seu patrimônio e bem-estar emocional. Como você aprendeu, cada investidor tem uma tolerância diferente ao risco.
Compreender e respeitar seus limites ajuda a evitar desapontamentos e estresses desnecessários decorrentes da possibilidade de perdas financeiras significativas, por exemplo. Além disso, alinhar seus investimentos ao seu perfil promove uma gestão de portfólio mais eficiente.
Uma carteira estruturada conforme sua tolerância ao risco deve equilibrar segurança, liquidez e retorno, elementos essenciais para maximizar a eficiência dos seus investimentos. Deixar de observar esses quesitos – também conhecidos como o tripé dos investimentos – pode gerar grandes frustrações e prejuízos.
Quem investe considerando o seu perfil consegue selecionar ativos que estejam em harmonia com suas expectativas de retorno e sua disposição para enfrentar as flutuações do mercado. Como resultado, a prática garante o alinhamento entre suas decisões de investimento e seus objetivos.
Então, ao conhecer bem seu perfil, você também está mais preparado para ajustar suas estratégias de investimento conforme necessário. Dessa maneira, há como assegurar que os seus resultados financeiros permaneçam no caminho escolhido, independentemente das mudanças externas.
Outro ponto relevante é a tranquilidade emocional. Investir pode ser uma atividade estressante, especialmente em momentos de alta volatilidade no mercado. Quando os investimentos são escolhidos com base em um perfil bem definido, há uma sensação maior de controle e segurança.
Quais são as alternativas disponíveis para o investidor conservador?
Ao chegar até aqui, você viu a importância de considerar o seu perfil de risco para tomar as melhores decisões no mercado. Porém, falta saber quais são as alternativas disponíveis para o investidor conservador.
Confira 5 exemplos.
1. Títulos do Tesouro Direto
Os títulos do Tesouro Direto são aplicações de renda fixa que podem ser acessadas por intermédio de um banco de investimentos – como o BTG Pactual. Entre as alternativas disponíveis, estão:
- Tesouro Selic
- Tesouro Prefixado
- Tesouro IPCA+
- Tesouro RendA+
- Tesouro Educa+
Eles são considerados os investimentos mais seguros do mercado nacional, por serem emitidos pelo Governo Federal, com lastro na dívida pública. Ao investir neles, o investidor empresta dinheiro para o país custear o funcionamento da máquina pública.
Em troca disso, o Governo garante a devolução do dinheiro em uma data predefinida, acrescida da taxa de juros combinada. Assim, antes de investir no título, o investidor tem a possibilidade de estimar quais serão os seus resultados – trazendo previsibilidade de ganhos.
A remuneração de um título do Tesouro Direto pode se dar de três maneiras:
- prefixada: aplica-se uma taxa fixa sobre o montante investido;
- pós-fixada: com retorno baseado nas variações de um indicador financeiro, como a Selic (a taxa básica de juros);
- híbrida: o pagamento é feito com base em uma taxa fixa somada às variações de um indicador, como o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Outro detalhe é que o Governo garante a recompra dos títulos. Ou seja, a alternativa possui liquidez diária, podendo ser resgatada a qualquer momento antes do vencimento.
Contudo, a recompra do título é feita com base no seu valor de mercado atual – conhecido como marcação a mercado. Títulos prefixados e híbridos costumam ser mais impactados pela dinâmica, podendo trazer ganhos ou perdas no resgate antecipado.
Tenha em mente que as aplicações sofrem incidência do IR (Imposto de Renda). As alíquotas seguem uma tabela regressiva, que se inicia em 22,5% para investimentos até 180 dias, chegando a 15% para aqueles mantidos por mais de 720 dias.
2. CDBs
Os CDBs (certificados de depósito bancário) também são alternativas de renda fixa acessíveis em plataformas de bancos de investimentos. O seu funcionamento é semelhante ao dos títulos públicos, especialmente no que se refere à rentabilidade – que pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida.
No entanto, eles são emitidos por instituições financeiras quando elas precisam levantar recursos no mercado para financiar suas operações. Dessa forma, você encontra CDBs de diferentes bancos, com os mais variados prazos de vencimento e percentuais de remuneração.
A taxa pós-fixada mais comum para esse tipo de investimento é ligada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Trata-se de um indicador financeiro que mede a taxa média de empréstimos de curtíssimo prazo praticada entre os bancos, que fica muito próxima à Selic.
Vale destacar que nem todos os CDBs possuem liquidez diária. Assim, muitas dessas aplicações somente podem ser resgatadas na data de vencimento do título. Contudo, o investidor tem a possibilidade de vender um CDB no mercado secundário pelo seu preço de mercado.
Outra característica desses investimentos é a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Sua cobertura garante o ressarcimento de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, caso a instituição emissora do CDB não consiga pagá-lo.
O FGC ainda conta com um teto global de R$ 1 milhão, renovável a cada 4 anos. A cobertura faz com que esses títulos sejam considerados seguros, atendendo a quem tem um perfil conservador. Como em outros títulos de renda fixa, sobre os rendimentos dos CDBs incide o IR (Imposto de Renda).
3. Fundos de renda fixa
Os fundos de renda fixa são veículos de investimento coletivo que têm as cotas negociadas em plataformas de bancos de investimento. Eles são lançados no mercado com regras predeterminadas, permitindo que o investidor saiba as suas estratégias antes de realizar a aplicação.
A carteira do fundo é montada pelo gestor, sendo composta majoritariamente por títulos de renda fixa diversos. O prazo de duração desses fundos e a forma de remuneração são definidos na sua abertura. Eles ainda são classificados como abertos ou fechados.
No primeiro caso, o investidor pode comprar e vender suas cotas a qualquer momento. Já no segundo, o resgate é permitido somente em datas específicas, bem como não há possibilidade de fazer novos aportes.
Mas isso não impede que o cotista venda as suas cotas no mercado secundário, sofrendo os efeitos da marcação a mercado. Em relação à tributação, as alíquotas são cobradas com base na classificação do fundo, dessa forma:
- entre 22,5% (até 180 dias) e 20% (acima de 180 dias) para fundos de curto prazo;
- seguindo a tabela regressiva do IR, para fundos de longo prazo.
Nesses fundos, ainda há incidência do come-cotas. Trata-se da antecipação semestral do IR com base nos rendimentos obtidos, abatendo o valor de suas cotas. Ela acontece nos meses de maio e novembro, aplicando-se a alíquota de 15% (fundos de curto prazo) ou 20% (fundos de longo prazo).
Outros custos presentes são referentes à taxa de administração e de performance, se houver. A primeira é cobrada para suprir os custos administrativos do fundo, enquanto a segunda visa recompensar o gestor, caso os resultados obtidos superem um benchmark predeterminado.
4. LCIs e LCAs
As LCIs e LCAs (letras de crédito imobiliário e do agronegócio) são outros títulos de emissão bancária, integrando a renda fixa. Porém, os recursos captados por essas aplicações são destinados ao financiamento dos setores imobiliário e do agronegócio, respectivamente.
Da mesma forma que os CDBs, as LCIs e LCAs contam com a proteção do FGC, garantindo mais segurança para o investidor. Outro benefício das alternativas é a isenção de IR para pessoas físicas sobre os rendimentos.
O benefício é concedido pelo Governo para incentivar o investimento em áreas consideradas relevantes para a infraestrutura e a economia do país. As aplicações também podem ser encontradas em versões com rendimentos prefixados, pós-fixados e híbridos.
5. CRIs e CRAS
O investidor que pretende investir no mercado imobiliário ou do agronegócio ainda pode fazer isso com CRIs e CRAs (certificados de recebíveis imobiliários e do agronegócio). Eles são títulos estruturados por securitizadoras a partir de créditos que empresas desses setores têm a receber.
Diferentemente das LCIs e LCAs, essas aplicações não contam com a proteção do FGC, o que torna o investimento mais arriscado do que as demais citadas. O motivo é que a remuneração do título dependerá do pagamento dos recebíveis que o compõem, cujos devedores nem sempre são conhecidos.
Porém, para compensar o risco, é comum que a sua rentabilidade seja mais elevada, trazendo oportunidades para quem deseja aumentar seus lucros. De todo modo, por subsidiar setores-chave do país, os CRIs e CRAs também contam com a isenção de IR para pessoas físicas.
Saiba que as alternativas que você viu não são indicações de investimento, nem têm garantia de resultados positivos. Na realidade, para tomar uma decisão, é necessário avaliar as características específicas de cada opção, o seu perfil e objetivos para identificar qual aplicação faz mais sentido no seu caso.
Neste post, você conferiu detalhes sobre o investidor conservador, além de ter conhecido 5 alternativas de investimento que atendem a quem tem esse perfil. Caso uma delas tenha chamado a sua atenção, vale analisá-la com mais profundidade para tomar a melhor decisão.